Embora por motivos diferentes, tanto o poeta russo Boris Pasternak como o filósofo francês Jean-Paul Sartre recusaram ser um dos laureados do Nobel da Literatura.
Boris Pasternak

No ano de 1958, a Academia Sueca decide laurear o poeta e romancista russo, por valorizarem o seu importante papel na tradição épica russa. Tal como se pode ler no site oficial do Prémio Nobel, a Academia destaca no trabalho de Boris Pasternak:
“for his important achievement both in contemporary lyrical poetry and in the field of the great Russian epic tradition.“
Após ter aceitado o prémio, o autor viu-se forçado a recusá-lo, sofrendo pressão por parte das autoridades do seu país (União Soviética).
Jean-Paul Sartre

Em 1964, o filósofo e crítico Jean-Paul Sartre é o grande laureado com o Prémio Nobel da Literatura. No entanto, o escritor francês deu conhecimento à Academia Sueca que não poderia aceitar o prémio, pois devido às suas crenças relativamente ao papel do escritor sempre recusou receber honras oficiais.
Porém, a Academia não retirou a validade do prémio atribuído a Sartre, justificando a razão de o prémio ser atribuído ao autor nesse ano:
“for his work which, rich in ideas and filled with the spirit of freedom and the quest for truth, has exerted a far-reading influence on our age.“