Como já é habitual todas as semanas, a Subscrito faz uma lista de três livros para sugerir aos seus leitores. Esta não é exceção, por isso queremos que entre no fim‑de‑semana em grande.
Começamos com Ararate, de Louise Glück, uma boa leitura para este sábado à tarde, quando estiver no sofá sem saber o que fazer. Segue-se Viagem a Portugal, de José Saramago. Para domingo, sugerimos José, o Provedor. Aproveite para descansar, enquanto lê um destes três títulos e não se esqueça de partilhar nas nossas redes sociais o que achou.
Em baixo, mais informações sobre cada livro.
Ararate, de Louise Glück

Louise Glück, venderora do Prémio Nobel da Literatura em 2020, faz um retrato de família em verso, na sua mais recente obra, Ararate. Entre a realidade e a memória, a autora descreve a «devastadora ironia da vida oca do pai distante e a inabilidade da mãe em expressar emoção».
A sua escrita lírica é bela e dilacerante ao apresentar uma trágica saga familiar, que se revela como uma autoconfrontação. A morte de uma irmã bebé, a tentativa para perdoar os pais e a aprendizagem para amar o filho são apenas algumas vivências que Glück transporta para a sua poesia.
Viagem a Portugal, de José Saramago

«O fim de uma viagem é apenas o começo de outra», disse José Saramago após uma viagem que o levou a percorrer o país de lés a lés, entre outubro de 1979 e julho de 1980. Esta viagem foi realizada a convite do Círculo de Leitores, e daí resulta esta obra: um misto de crónica, narrativa e memórias.
Esta edição especial inclui fotografias tiradas, ao longo da viagem, pelo próprio Saramago, a par de fotografias de Duarte Belo. A publicação de Viagem a Portugal coincide com o início das comemorações do Centenário de José Saramago.
José, o Provedor, de Thomas Mann

Thomas Mann conta, neste quarto e último volume da saga José e os Seus Irmãos, a história da ascensão de José a grande senhor do Egito. José é conhecido pela sua capacidade como intérprete de sonhos, chegando a sua fama aos ouvidos do faraó. Akhenaton manda chamar José para interpretar um sonho que tem frequentemente – visões de vacas e espigas – e que este desvenda: o Egito terá sete anos de abundância, seguidos de sete anos de privação.
Os irmãos de José deslocam-se ao Egito em busca de comida, durante os sete anos de privação, e este acontecimento irá antecipar o seu reencontro com os irmãos. Mas uma questão terá ainda de ser respondida: «serão os seus irmãos homens renegados?». Mann utiliza esta abordagem às figuras mais lendárias da antiguidade para apresentar uma resposta à crueldade do ser humano.